Faltam apenas alguns dias para a segunda edição do Salone Nautico Venezia abrir as portas no Arsenale, de 29 de maio a 6 de junho de 2021.
Este ano um aumento significativo de expositores e uma seção dedicada à vela, com foco em propulsão elétrica. Um rico calendário de conferências, eventos esportivos e talk shows.
A segunda edição do Salone Nautico Venezia ganha corpo com a chegada dos 220 barcos e 160 expositores que iniciarão a mostra no próximo sábado, 29.
Mais uma vez “a arte naval volta para casa”, uma afirmação que não envelhece e que encontra novas razões neste final de primavera na Itália.
A Bienal de Arquitetura que acontece uma semana depois do Salone, e o Boat Show são dois sinais importantes também para toda a nação, como falou o prefeito Luigi Brugnaro: “No Salone não haverá só barcos de recreio, teremos também barcos de trabalho, barcos de serviço, barcos de transporte, queremos representar tudo da vela.
Onde melhor do que Veneza para discutir transformação de energia, impacto ambiental e design náutico? Em resumo, o Salone será também um espaço de debate sobre como renovar e mudar a nossa relação com o mar”.
Desde a primeira edição, o Salone Nautico Venezia demonstrou a sua vocação para abordar um novo mercado em rápido crescimento que se volta para o Oriente, completamente natural na cidade de onde começou a antiga Rota da Seda e todo o comércio frenético com o Oriente Médio.
O CEO do Grupo Ferretti, Alberto Galassi, que sempre acreditou no evento comenta que, “Na prática, não há salões náuticos do Líbano a Veneza, passando pela Turquia, Grécia, Croácia, Eslovênia. - diz Galassi - Há uma boa metade do Mediterrâneo que agora tem a possibilidade de ter um único Boat Show.
Agradecemos a Cannes, a Montecarlo pelo que tem feito nos últimos anos, mas com todo o respeito também escolho Veneza, não penso nisso um segundo. No Arsenale apresentaremos o Ferretti 1000, o maior iate a motor produzido da nossa marca. Destaco que é de um proprietário francês, feliz por estar na Veneza”.
O CEO do grupo Bénéteau, fabricante de veleiros e lanchas, Gianguido Girotti também partilha a mesma ideia, acrescentando: “Tenho uma grande paixão pela cidade de Veneza, que considero o pólo ideal para a realização de um evento náutico internacional que têm visibilidade no leste do Mediterrâneo, agora totalmente descoberto. Não se pode deixar de aproveitar a possibilidade que Veneza oferece para praticar uma sinergia entre a cultura e o mar. Vejo que o interesse por esse Boat Show cresceu muito entre a primeira e a segunda edição e considero isso o início de algo muito importante. Também há muito espaço para serviços relacionados à navegação, tecnologia e turismo”.
Na área dedicada aos barcos a motor, o carro-chefe será o Ferretti 1000, o maior da gama Ferretti Yachts, os tradicionais iates a motor que deram início à fortuna do grupo Ferretti. Trinta metros de alta qualidade para o estaleiro que tem a sua sede na Romagna a Forlì. Trinta metros também para o DP 100 exibido por Dalla Pietà. O Grupo Azimut Benetti expõe Magellano 26, o mais recente acréscimo à série.
Na área dedicada a vela, o carro-chefe é o Mylius 76, um estaleiro sediado na província de Piacenza que se dedica à construção de cruzadores de performance, muitas vezes vencendo em regatas, recentemente o protagonista de uma reorganização societária que levará a uma renovação do grande alcance.
Uma seção especial é dedicada aos barcos com propulsão elétrica, que também serão os protagonistas de uma prova, a E-Regatta. Também serão protagonistas a lancha Candela foiling, uma solução muito interessante para Veneza devido à produção reduzida de movimento das ondas e o Anvera E-Lab, um offshore movido a eletricidade que tentará quebrar o recorde de velocidade com um motor elétrico com objetivo de ultrapassar 100 km / h.
Dois eventos esportivos vão animar o evento: a chegada da famosa prova de motonáutica Pavia-Veneza, que retorna após vários anos de ausência com a participação de mais de cem embarcações e rígidos procedimentos de segurança, e ainda o Campeonato Italiano de Match Race, que protagoniza grandes campeões como Tommaso Chieffi e Vasco Vascotto e as jovens promessas da especialidade que tiveram sua expressão máxima na Copa América.
O grande evento de vela será o protagonista de um talk show (sábado à tarde às 18h00 na área de Scali) que estará imperdível: "Luna Rossa, as grandes aventuras italianas na Copa América" com participação de Max Sirena, Gilberto Nobili, que comandou o time Luna Rossa Prada Pirelli na última edição, e ainda Tommaso Chieffi que participou de várias campanhas da Copa e foi estrategista do Moro di Venezia.
Também no sábado terá início a importante conferência "Oceani sunt servandi", organizada pela Marinha, com o tema da protecção do mar e dos seus recursos - O mar entre e a proteção do meio ambiente, os interesses económicos e as considerações estratégicas.
No domingo de manhã o momento cultural é “A orla e o desenvolvimento náutico”, na segunda de manhã “Design e sustentabilidade de iates” do diretor científico do Salone Carlo Nuvolari.
Seguindo um rico programa, que também inclui intervenções de Assonautica, CNR Ismar, IUAV, Compagnia della Vela ente outros.
O Salone Nautico Venezia é promovido pela Câmara Municipal de Veneza e realizado através da empresa Vela spa, em colaboração com a Marinha Italiana. Os parceiros do evento são importantes empresas como Eni, Intesa Sanpaolo, Generali, Consorzio Prosecco DOC e a Câmara de Comércio de Veneza e Rovigo. Mole Urbana, e-concept e parceiros técnicos da ABB.
Por: Redação Mundo Mar
Imagens: Divulgação
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