A data e o motivo do naufrágio é controversa nas pesquisas realizadas.
Imagem: Mané Ferrari
Na Ilha das Galés situada dentro da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo localizada no Estado de Santa Catarina existe lá um navio cargueiro afundado, e hoje por estar dentro da reserva não é possível à visitação. Varias espécies habitam o local, uma variedade de peixes como garoupas, robalos tartarugas, arraias e muitos outros…
A data e o motivo do naufrágio é controversa nas pesquisas realizadas, muitos afirmam que o Lili naufragou no dia 17 de outubro de 1957 devido a um forte nevoeiro, mas a capa de um jornal do Rio de Janeiro datado de 23 de fevereiro de 1960 informara em detalhes o naufrágio do Lili em Santa Catarina que pelo jornal bateu no dia 22 de fevereiro de 1960.
Foto do site Brasilmergulho.com.br
Relatos do jornal da época:
O jornal Ultima hora do Rio de Janeiro estampava na capa:
Nova Tragédia no Mar: “Lili está afundando em Santa Catarina!
Encalhado sobre as pedras da Ilha do Mar, a 22 milhas do litoral de Itajaí em Santa Cataria, o cargueiro nacional “Lili" está afundando lentamente enquanto uma equipe de três escafandristas, dez homens-rãs e alguns técnicos desenvolve desesperados esforços para evitar o naufrágio iminente.
Há esperanças de que se consiga salvar, pelo menos, a carga de maquinas e veículos que o navio levava para Porto Alegre.
Foto do site Brasilmergulho.com.br
O navio de 1.200 toneladas e 66 metros de envergadura entre a popa e a proa, quando navegava com destino ao Porto de Itajaí foi açoitado por forte temporal, encalhando sobre os rochedos da pequena ilha, distante quatro horas de lancha de Itajaí
O barco que, durante oito horas, jogou devido ao temporal, teve a escada e a carga que se encontrava no convés e outros objetos de bordo, arrancados pela fúria do mar.
A tripulação embora empregasse todos os meios, não conseguiu manter a moderna embarcação, pois o leme partiu-se, ficando o navio à deriva, até dar à pequena ilha, onde se encontra preso.
Foto do site Brasilmergulho.com.br
A proa do Lili esta sobre os rochedos enquanto sua popa se acha completamente submersa, no local onde ondas de trinta metros contra ele arrebentam, castigando-o.
Os tripulantes, então construíram, na pequena ilha, com material arrebatado pelo mar, uma barraca rústica de madeira, onde se abrigam do temporal.
Por outro lado o navio que pertence à empresa de Navegação Naveunidas S/A, do Rio de Janeiro, fazia linha direta entre a “Capital Federal” e o Rio Grande do Sul, sendo que há mais de um ano que não aportava em Santos.
Seus armadores requisitara, sábado ultimo, a equipe de salvamento e pesquisas submarinas daquela cidade que, sob chefia do perito Francisco Rosse, seguiu, em avião fretado para Itajaí, onde irá iniciar os trabalhos visando a safar o barco encalhado.
Dez homens-rãs, três escafandristas e oito elementos do mencionado serviço, estarão desde as primeiras horas de hoje, mergulhando e se esforçado por amarrar cabos de aço, afim de puxar o “Lili"do mar para a terra, desse modo impedindo que o dramático encalhe do moderno cargueiro tenha as mesmas consequências do Navio Concar que, há menos de seis meses, naufragou devido a morosidade da companhia a que pertencia a mencionada embarcação.
Os relato encontrado no Jornal Ultima hora da época não concluiu a história em que os esforços empregados não pouparam o Lili de afundar e permanecer até hoje no fundo da Reserva Biológica do Arvoredo nas proximidades da Ilha das Galés
Imagem: Maurício Carvalho 25-01-2003
A popa está tombada sobre o costado de boreste a 18 metros e a proa a cerca de 5 metros entre as pedras, caída de bombordo e totalmente destruída.
O navio à época estimado em Nove milhões de cruzeiros tinha o comando do Capitão Silvio Barbosa e as causas do acidente com o Lily nunca foram completamente esclarecidas.
Houve inclusive relatos de que o capitão Silvio Barbosa estava tão embriagado que mandou o imediato seguir pela rota traçada, mesmo…
Imagem: Mané Ferrari
O navio tinha uma carga variada em seu porão, onde nos dias de hoje pode-se encontrar restos de louças, pneus, chapas de aço entre outros.
Logo após o violento choque contra a ilha seus tripulantes foram salvos pelo Iate a motor Olímpio, do porto de Santos.
Em uma ação do Limpeza dos Mares ocorrida a algum tempo atrás Mané Ferrari e a equipe estivemos autorizados pelo o ICMBio mergulhando no Lili para retirar restos de lixo marinho que poderia estar na região e foi ai que a surpresa veio.
Imagem: Mané Ferrari
Lili estava envolta a metros e metros de restos de redes que assustou todos os mergulhadores presentes na Etapa do Limpeza, a resto de pano parece que já se encontrava a alguns anos e as espécies marinhas no local eram muito poucas provavelmente pelo receio de ficarem presas ali.
Imagem: Mané Ferrari
A equipe foi com muita cautela retirando tudo pois o perigo de ficar preso era grande, mergulhadores experientes participa do Projeto e nestes casos os mais aptos comandam a operação.
Imagem: Mané Ferrari
As imagens são de fato uma mistura de emoção e tristeza por ter a oportunidade de mergulhar neste naufrágio repleto de historias e a tristeza de saber que mesmo dentro de uma reserva ainda encontramos algo deste tipo.
Imagem: Mané Ferrari
Agora o Lili voltou a descansar em paz e a vida marinha pode retornar mais uma vez e continuar com segurança o siclo da vida marinha.
Veja a matéria em Video no nosso Canal no Youtube:
Se preferir ouça no Podcast Mundo Mar
Por: Redação Mundo Mar
Imagens: Mundo Mar, Maurício Carvalho e Brasil mergulho.
Comments